top of page

                 Saudações galera! Estou trazendo o segundo artigo da série Frontstage e a primeira reflexão que deixo é sobre a decisão de tornar-se músico profissional. Saiba que existe um caminho a aprender, antes da realização, e minhas palavras nessa coluna são a título de dicas. Não existem verdades absolutas e incontestáveis, cabe a você refletir sobre os critérios aqui colocados e determinar sobre a validade deles no seu contexto e construir seu próprio caminho.

 

  • Seja musicalmente habilidoso

Ser proficiente em pelo menos um instrumento ou canto é o domínio mínimo necessário para o músico.

 

  • Reconheça-se como artista

Saiba qual seu perfil e até onde está disposto a abrir mão de sua liberdade artística para atender ao mercado. Nem sempre o sobrevivente do trabalho musical é aquele que só toca aquilo que gosta. Tenha isso bem resolvido para não se frustrar.

 

  • Tenha objetivos claros

Tenha planos em curto, médio e longo prazo, coloque-os no papel e organize seu mind set para realiza-los.

 

  • Seja empreendedor

Uma carreira de sucesso envolve empreendedorismo, proatividade, abrir os canais perceptivos para oportunidades, controle financeiro e gestão sobre os processos. Recomendo formalizar sua atividade no ramo através de registro de MEI (Micro Empreendedor Individual) e cadastra-se em uma associação de compositores (como a ABRAMUS, por exemplo), para passar a recolher os royalties sobre suas obras.

 

  • Pesquise e compreenda

Para desenvolver seus projetos, necessitará de habilidade para compreender suas ferramentas de trabalho, o mundo em que vive, os hábitos das pessoas, suas necessidades, o período econômico e político do território de atuação e como seu trabalho pode ser relevante nesse contexto. Para isso é necessário ler muito, conversar com pessoas e manter os canais perceptivos sempre atentos.

 

  • Seja Resiliente

Está disposto a falhar algumas ou muitas vezes antes de começar a acertar, mesmo fazendo tudo da forma que lhe pareça correta? Lembre-se que esse aprendizado tem implicações financeiras e você deverá estar disposto a superar tais dificuldades. Grandes realizadores só puderam alcançar o sucesso após muitas falhas. A persistência tem sido uma virtude valorosa para muitos profissionais.

 

  • Tenha Cara-de-pau

O trabalho do artista é unir as pessoas por dizer a elas o que elas não conseguem dizer a si mesmas e, a partir daí, estabelecer um elo de confiança e estima. De forma retraída é mais difícil conquistar atenção e credibilidade do público e de investidores. Convencer as pessoas exige dar a cara a tapa para críticas (positivas e negativas) e superar convicções e preconceitos, partam de você ou de terceiros.

 

  • A união faz a força. Una-se!

O músico é hipossuficiente. Seu trabalho só tem relevância se houver um movimento que o aprecie. O músico precisa de público e investidores, então seja ativo no seu cenário, conheça as pessoas, una-se a outros artistas em vez de boicotá-los e tente aliar-se a marcas atuantes em seu ramo de atividade, sempre prezando pela sua imagem e integridade do seu público, dessa forma, cria-se uma energia que retroalimentará seu trabalho.

 

  • Combata o Dom Quixote que há em você!

Talvez haja em todos nós, em proporções diferentes, certa autosuperestimação causada pela ambição. É importante manter a lucidez sempre e colecionar pequenas vitórias do dia-a-dia. A busca por grandes triunfos descabidos pode alterar a consciência e a sensatez do músico, afastando-o de seus objetivos e levando-o a fazer promessas inalcançáveis, assim como ocorreu ao cavaleiro andante Dom Quixote, personagem do clássico livro de Cervantes. Parta sempre de onde já realizou e vá até onde é capaz. Com o tempo, ampliará seu alcance.

 

  • Faça-se feliz

Nossos dias em vida são limitados. Nossa finitude está selada a partir do momento em que nos tornamos vivos, portanto, nosso bem maior é o tempo. Utilize seu tempo sendo feliz, realizando uma atividade que o agrade ao mesmo tempo que seja útil à sociedade e fonte de sua sustentação. Se a música o tornar feliz, viva a música.



                No próximo artigo trarei uma reflexão sobre o perfil do músico nos dias de hoje e como a sociedade se beneficia de seu trabalho.

                Acesse www.rickavenger.com e assine minha newsletter para receber via e-mail esses artigos, além de novidades sobre meus trabalhos e promoções.

 

               Não esqueça de deixar seu comentário ou crítica. É muito importante para tornar esse um local de debate e aprendizado. Se gostou, compartilhe com os amigos e vamos expandir nosso conhecimento!

 

 

                                                                                                                          Abraço!

 


 

Publicado em 24 set. 2015

Frontstage 

Reflexões sobre a carreira musical

#1- Apresentação

Conheça um pouco  sobre os fatos que não estão na minha biografia musical e  impulsionaram meu trabalho. 

 

Busque a força motriz dentro de você!

Salve, galera!


              Estarei iniciando aqui uma série de artigos para a coluna Frontstage que será publicada, periodicamente, em meu site www.rickavenger.com. A ideia é compartilhar com outros músicos algumas reflexões sobre mercado e carreira musical, além de dividir experiências, de forma a contribuir para o desenvolvimento profissional de artistas como eu. O título Frontstage surgiu a partir da análise sobre os conceitos que abordarei. Conceitos que trabalham à frente do que se consegue realizar efetivamente agora: as projeções, percepções e ações que levarão à consumação das atividades. Ou seja, os conceitos que te levarão adiante.

 

               Bom, para introduzir essa coluna, gostaria de me apresentar. Sou músico graduando pela Faculdade de Comunicação Artes e Design do CEUNSP, na cidade de Salto, dou aulas de guitarra, produzo trilhas sonoras e sou sideman do cantor Ney Zara, além de ter uma série de projetos em pré-produção. Nasci na capital paulista, em 1988, e resido em Itu desde 2002.

 

                Minha trajetória com a música envolve uma boa dose de superação e persistência, como a de grande parte de vocês. Venho de uma família muito simples e, desde os 14 anos, conciliei estudo e atividade musical com trabalhos convencionais e cursos em outras áreas, o que corresponde à realidade de muitos brasileiros musicistas. Já fui mecânico industrial, garçon, bartender, vendedor e funcionário público estadual, sem mencionar outros serviços esporádicos que já realizei.

 

                Durante 7 anos eu e minha família lutamos contra um câncer que levou minha mãe em 2013, um período muito conturbado da minha vida mas que também trouxe muito crescimento pessoal. Converti toda essa tristeza e aprendizado em uma energia motriz que me levaria a alcançar meus objetivos pessoais de forma determinada. No ano seguinte ingressei na faculdade de música e pude efetivamente tornar a música minha atividade principal. Dentre os mentores que têm norteado minha carreira estão os músicos Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt, Fernando Quesada e Fabrizio Di Sarno, além de professores como Edson Cortez, Fernanda Cobo e Dr. João Negrão que colaboram constantemente na minha compreensão sobre o mundo contemporâneo e auxiliam na minha visão sobre mim mesmo no mercado. Poderia citar muitos outros colaboradores nesse processo, mas procurarei ser mais objetivo.

 

                A realidade é que o ser humano é capaz de feitos incríveis, se determinado a isso, e ao longo dessa coluna vamos discutir algumas reflexões e dicas com base no que tenho realizado, absorvido de meus mentores e observado por outros autores e profissionais do ramo, para auxiliar de alguma forma nas realizações daqueles que acompanharem a coluna.

                Não perca no próximo artigo as 10 dicas para aqueles que desejam tornarem-se músicos profissionais!

Acesse www.rickavenger.com e assine minha newsletter para receber via e-mail esses artigos, além de novidades sobre meus trabalhos e promoções.

Publicado em 17 set. 2015

#2- 10 Dicas ao músico  profissionalizando

Essas são algumas dicas que podem auxiliar na sua profissionalização musical

 

O sucesso tem 3 etapas: decisão, aprendizado e realização. Curta o caminho!

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

                 

Salve, amigos!

 

          Dando continuidade aos artigos da coluna Frontstage, falarei um pouco sobre o papel do músico e sua importância na sociedade. Primeiro, vamos entender como funcionam alguns mecanismos sociais:

Os seres humanos costumam nortear suas decisões e ações de uma forma peculiar. O pesquisador Guy Kawasaki realizou um estudo sobre tal tema e criterizou os parâmetros das necessidades humanas propondo um modelo hierárquico no formato de pirâmide, conforme modelo a seguir:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

          Ao analisarmos tal pirâmide, podemos observar que na categoria de necessidades básicas temos as necessidades biológicas, com maior índice de prioridade, e conforme a categoria assume um nível mais alto na pirâmide, atribui-se menor grau de prioridade, assim, autoestima é considerado o fator menos prioritário nas necessidades humanas e, consequentemente, menos enfatizado nas tomadas de decisões e ações efetivas.

 

          Você consegue visualizar em que camadas a música atende às necessidades humanas? Ela atende as camadas correspondentes à autoestima, realização e parcialmente à social/afetiva. A grande aderência a músicas que falam sobre sexo e realidade social ocorre pois esses temas atendem necessidades humanas básicas. Quanto maior a ênfase nas camadas mais básicas da pirâmide, em seu trabalho, mais massiva deverá ser sua repercussão.

         

          Ok. Até aqui já deu pra entender um pouco sobre o comportamento geral. Com relação à percepção específica do público, é necessário entender quais seus costumes, hábitos consumistas e preferências. Nesse nível de entendimento, podemos dividir os interesses por faixa etária da seguinte forma:

 

 

 

 

  • Adolescência e faixa dos 20 anos: sexo, interação, notoriedade, reconhecimento, ciclo social e formação de “tribos”;

 

  • Faixa dos 30 anos: Retorno imediato, conquistas, formação de bens;

 

  • Faixa dos 40 anos: Estabilidade, manutenção dos bens, autoridade;

 

  • Faixa dos 50 anos: Poder, subordinados, ampliação dos bens;

 

  • Faixa dos 60 anos: Legado, deixar relevância e significado.

 

 

 

 

 

          Nesse ponto, você já deve ter refinado alguns conceitos sobre como entender a seu público, mas talvez ainda tenha como atender a seu público, mas talvez ainda tenha algumas dúvidas sobre como o artista se torna importante na sociedade e o trabalho musical se torna uma potencial fonte de renda.

 

          Ora, o que diferencia o artista do restante da sociedade é sua capacidade de comunicar com eficiência aquilo que outras pessoas têm dificuldade de esclarecer a si mesmas. Isso gera identidade e audiência ao artista. Um fenômeno das metrópoles e hoje comum em praticamente todos aglomerados humanos é a atitude “Blazé”. Devido ao volume de informações do dia-a-dia, tendemos a ignorar muitos estímulos, por isso não cumprimentamos todas as pessoas que encontramos durante o dia e não paramos para dar audiência a toda publicidade pela qual passamos. Opa! A palavra AUDIÊNCIA acaba de se repetir em duas situações opostas: Em uma temos o artista como centro da audiência e em outra a audiência como necessidade da publicidade por conta da atitude Blazé. Fez o elo entre as coisas? Acredito que ficou clara a importância do músico para o público e para o mundo corporativo que pode utilizar-se da audiência do músico em troca de renda e investimentos em seus projetos.

 

          Espero ter esclarecido essa questão sobre a posição do músico na sociedade, sua relevância, como pode beneficiar público e empresas de forma a viabilizar seus projetos. Nos vemos no próximo artigo sobre network, a consolidação de rede de trabalho através de contatos e parcerias.

 

Forte abraço e até mais!     

 


 

Publicado em 16 out. 2015

#3 - O músico e seu papel na sociedade

Gerar identidade pelo som é o gancho  do trabalho musical

 

Manter-se no mercado exige a contemplação da arte que você produz.  O   engajamento corporativo pode ser importante para manter sua arte viva.

Pirâmide de Maslow. Fonte: www.mood.com.br. Acesso em 16/10/2015

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Salve, amigos!

 

           Depois de algumas semanas sem novo post, estou retomando a coluna Frontstage com o tema network. Vamos discutir um pouco sobre esse mecanismo de trabalho e vou sugerir algumas formas de como tratar as relações profissionais.

 

          O termo network, do inglês net = rede; work = trabalho, é utilizado para definir a rede de trabalho cultivada e construída ao longo de experiências profissionais. No caso dos músicos, nossa rede é constituída por fãs, contratantes, comerciantes e fabricantes de equipamentos, outros músicos, produtores, empresários, prestadores de todo tipo de serviço que consumimos etc.

 

           Cultivar e manter relacionamentos saudáveis dentro desse elo é muito importante pois a união faz a força e essa força, no universo corporativo (lembre-se: o músico é um investidor), é essencial para garantir sua credibilidade, notoriedade, segurança e engajamento nos negócios. O músico não é suficiente, precisa muito dessas relações para o sucesso de seus projetos e quanto mais bilateral e orgânica for a relação, com cada um dos seus parceiros, maior a chance de sucesso mútuo e, consequentemente, a longevidade dessa união tende a estender-se. Um exemplo disso: É muito comum no meio musical a busca por um empresário que seja investidor de nossos projetos musicais. Ainda que hoje haja plataformas diferentes de financiamento de tais projetos, a figura do empresário ainda é bastante relevante e almejada. Concorda que para que um negociante invista em sua carreira ele deve ver um potencial muitíssimo grande de lucro e entre ambos os lados é necessário um grau de organicidade na relação muito grande também, para que um lado não seja um potencial gerador de dessabores para o outro? Isso exige confiança, o que demanda tempo de relacionamento, o que nos revela outro ponto essencial do network a ser discutido: Ele deve ser cultivado!

 

          Dar início a uma parceria de negócios requer investimento de tempo, energia, proatividade, mobilidade e, inevitavelmente, dinheiro para realizar as ações. Começar uma rede consistente requer que você esteja nos lugares certos, nos momentos certos e com as propostas certas, sempre se posicionando de igual para igual. Frequentar cursos, workshops e masterclasses oferecidos pelos profissionais que são referência no seu mercado são uma ótima oportunidade para um primeiro contato, porém, procure as oportunidades em que o profissional poderá disponibilizar uma atenção maior à sua abordagem. Eventos gratuitos costumam ter um volume muito grande de pessoas a quem esse profissional deverá dar atenção, eventualmente, em uma ocasião dessas, você não conseguirá manter uma relação apropriada. Cursos ministrados em mais de um dia e/ou com manutenção pós-evento são oportunidades ideais. As feiras também são oportunidades muito interessantes para contato com investidores, especialmente para com os fabricantes e distribuidores de equipamentos. Vá às feiras em um dos dias vetados ao público, os dias específicos para negociações, leve consigo um material consistente, procure o responsável pelas relações com artistas da marca e, mais do que falar sobre si, fale sobre o que tem feito por seus parceiros. Lembre-se da bilateralidade das negociações. Nessas ocasiões, a abordagem deve ser breve, mais a nível de contato para que futuras negociações sejam discutidas em um encontro a ser marcado, pois essas feiras visam vender e o foco das empresas estará nisso.

 

          Abordar tais profissionais requer tranquilidade, paciência, bom senso, e, principalmente, a consciência de igualdade entre as partes, mesmo que você queira investimentos para seus projetos, pois você tem algo a oferecer em troca, não está se subordinando. Lembre-se da bilateralidade, organicidade e evite ser muito formal, quebre o gelo e seja natural. Perceberá, em muitos negociantes com quem for conversar, até bastante descontração. Não esconda sua personalidade de comunicador artístico, ela é uma qualidade valorizada por muitos profissionais do ramo musical.

            Alguns networks só lhe trarão resultados efetivos depois de um bom tempo de relação. Essas abordagens podem ser a porta de entrada para consolidação de algumas redes, portanto, mantenha sempre esses contatos informados de suas atividades, peça sugestões e esteja disposto a colaborar da mesma forma para as atividades exercidas por esses contatos. Preocupe-se com o sucesso de seus potenciais parceiros.

 

          Essas foram algumas dicas sobre network (o assunto dá margem para muito mais discussão ainda) baseadas em algumas das minhas experiências. Teste-as e poderá comprovar que algumas funcionarão para você e outras talvez precisem de ajustes. O importante é praticar esse mecanismo até desenvolver a melhor abordagem. Mantenho-me a disposição para discutir mais sobre o assunto.

 

           No próximo artigo, discutiremos sobre formas de financiamento de projetos musicais.

 

Abraço e boas negociações!

 

 

Publicado em 20 nov. 2015

#4 - Network

A sua rede de trabalho

 

Organicidade e bilateralidade são virtudes indispensáveis

para toda parceria de sucesso!

RICK AVENGER - OFFICIAL WEBSITE - © 2015 ALL RIGHTS RESERVED. DESIGNED AND DEVELOPED BY RICK AVENGER. PHOTOS BY JEAN BENITEZ. ILLUSTRATIONS BY KIKO MAURIZ.

bottom of page